quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Terra mais detalhada já vista

Fonte: [NASA]


Esta foto é uma montagem, criada através de fotos de instrumentos do novo satélite Suomi NPP, revela detalhes incríveis do nosso planeta. A composição terminou com dados coletados durante quatro órbitas do satélite robótico. Na versão de alta resolução, muitos pontos da América do Norte e do hemisfério ocidental ficam particularmente visíveis. Mundo bonito o nosso, não acham?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Conheça o material que combate a poluição do ar

A poluição do ar está há mais de uma década preocupando ambientalistas, que não podem fazer muito mais do que alertar os países sobre os riscos que as indústrias oferecem. Mas a química tem sido capaz, a partir de inovações tecnológicas, de proporcionar soluções sustentáveis para o problema. Um dos novos “heróis” da limpeza do ar é o dióxido de titânio.
Usado em uma ampla variedade de materiais, que vão desde pastas de dente e filtro solar até concreto para obras de engenharia civil, o dióxido de titânio é um composto químico altamente sustentável. Além de neutralizar os poluentes do ar, funcionando como uma espécie de filtro, esse material se limpa sozinho.

Esta construção contém óxido de titânio.

Parece ficção científica, mas é exatamente isso. A água da chuva, ao entrar em contato com uma camada de dióxido de titânio suja por qualquer impureza, adere à superfície e se espalha de forma unânime. É uma espécie de lavagem automática.
Devido a essa curiosa habilidade natural para remover a sujeira, pequenos flocos de dióxido de titânio são usados em cosméticos, pastas de dente e filtros solares. Apesar disso, não é exatamente essa característica química que confere ao dióxido de titânio um papel fundamental contra a poluição do ar.
Esse mérito é verificado na produção de concreto para obras de engenharia civil. Quando uma parede é revestida com uma camada de dióxido de titânio, tem início uma interessante reação. Os raios ultravioleta, emitidos pelo sol, fazem o dióxido de titânio liberar radicais livres. Estas substâncias, por sua vez, têm a capacidade de decompor os principais agentes que poluem a atmosfera. Logo, é um purificador natural do ar.
Grandes obras arquitetônicas já usam esse princípio. Um exemplo é a Igreja do Jubileu, em Roma (Itália). Uma empresa japonesa, por sua vez, já fabrica blocos para calçada revestidos de dióxido de titânio, em escala industrial. De olho nos benefícios ambientais e económicos que a novidade pode trazer, os governos europeus já planejam formas de ampliar a produção e comercialização desse material. [BBC]


   O uso do óxido de titânio (TiO2) na desinfecção da água, num processo chamado fotocatálise heterogénea vem sido estudado pelos cientistas. Neste processo, o TiO2 é usado como um  semicondutor que é activado pela radiação solar,   criando um potencial eléctrico suficientemente grande e que  gera radicais livres através de oxi-rredução. Este radicais livres podem oxidar uma ampla faixa de compostos  orgânicos e o processo é de baixo custo.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Aurora incrível

Aurora na Noruega. 

Essa foto incrível mostra uma das auroras mais memoráveis dos últimos tempos. A cena foi capturada com uma lente olho de peixe acima de Tromsø, na Noruega, no mês passado.
Havia luz verde, luz vermelha e, às vezes, uma mistura das duas, além de vários raios, cortinas distintas, e até mesmo uma corona auroral. Brilhando demorada no céu, pode-se ver no fundo da aurora estrelas numerosas e, em primeiro plano, uma pessoa muito sortuda apreciando a visão ao vivo.
Conforme o sol se torna mais ativo, o ano que vem pode trazer auroras ainda mais espetaculares.
Fonte: [NASA]


     O nosso planeta não pára de nos surpreender, ele continua incessantemente a provocar fenómenos de extrema beleza e de natureza sem dúvida exótica. Somos de facto privilegiados por sermos capazes de vivenciar tais fenómenos. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cientistas tiram nova medida do ponto mais profundo do oceano

Um novo sistema de sondas submarinas, que emitem raios rentes à superfície do fundo do oceano, permitiu à Marinha dos EUA medir os pontos mais profundos da Terra com precisão jamais alcançada antes. A Fossa das Marianas (depressão no Oceano Pacífico e ponto mais baixo conhecido pelo homem), de acordo com a pesquisa, alcança a profundidade de 10.994 metros.
A medição foi feita por parte do governo americano, com interesses políticos e econômicos além dos meramente científicos. As técnicas usadas no levantamento, contudo, abrem novas perspectivas para mapeamentos do fundo do mar. A nova tecnologia é baseada em emissão e recepção de feixes de raios por parte dos equipamentos, o que proporciona uma margem de erro inferior a 40 metros.

Esboço do fundo do oceânico.

A Fossa das Marianas é uma área rebaixada do Oceano Pacífico, como se fosse a parte mais funda de uma piscina. Ela se estende por 2.500 quilômetros, ocupando uma área que está inteiramente a mais de dez mil metros abaixo do nível do mar.
A diferença de profundidade, entre certas regiões do oceano, implica em algumas consequências ainda não compreendidas totalmente pelos pesquisadores. Cientistas afirmam, por exemplo, que o surgimento de grandes terremotos e tsunamis pode estar ligado ao choque entre determinadas profundidades além da zona abissal (mais de seis mil metros abaixo do nível do mar).
Nenhum ser humano na história, até hoje, alcançou exatamente o ponto de maior profundidade. Em 1960, dois desbravadores americanos ingressaram na região “macro” da Fossa das Marianas, onde a profundidade já ultrapassava dez mil metros.
Mas a pesquisa não fez muitas descobertas fundamentais por falta de mapeamento adequado e equipamentos modernos que os auxiliassem em medições. Os cientistas garantem, no entanto, que uma nova expedição pode trazer resultados muito mais expressivos. Segundo os pesquisadores, é necessário conhecer melhor o fundo do mar.
 Fonte: [BBC]


     Se na superfície terrestre já foi possível encontrar muitos fósseis e dicas do passado do mundo, o que será que os fundos dos imensos oceanos ainda nos irão revelar sobre o passado?
   Apesar do impacto ambiental, somos a favor de haja um grande movimento de pesquisa e expedições, sobretudo arqueológico, sobre os fundos dos mares. Inclusive escavações.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Marca de 7 bilhões de pessoas revela grave problema sanitário

O final de Outubro deste ano assistiu a humanidade alcançar mais uma marca histórica: segundo as estimativas das Nações Unidas, somos agora 7 bilhões de pessoas respirando sobre o Planeta Terra. Mas não estamos apenas respirando: nós também trabalhamos, dormimos, comemos; e sim, defecamos. Já pensou a quantidade de fezes que é produzida por sete bilhões de pessoas?
Representantes de ONGs ambientais e humanitárias, de atuação internacional, chamam a atenção para um problema geralmente oculto. Os números da ONU revelam que 2,6 bilhões de pessoas (ou seja, 37% da população mundial) não têm saneamento básico e depositam seus excrementos no ambiente. A cada ano, 200 milhões de toneladas de fezes são lançadas na natureza sem tratamento.

Condições precárias são muito frequentes.

Uma série de problemas pega carona nesse panorama, porque 90% destes excrementos sem saneamento são atirados em rios. Quando há chuvas pesadas, em países subdesenvolvidos, o líquido que corre pelas ruas, nas enchentes, não é nada saudável. Mas o risco de doenças relacionadas a excrementos apresenta, ele próprio, um leque maior de preocupações.
No mundo, morrem cerca de 1,4 milhões de crianças devido a doenças ligadas à falta de saneamento a cada ano. É como se perdêssemos uma criança por essa razão a cada 20 segundos. Uma das ONGs, a WaterAid, critica a ONU, que havia se comprometido a tomar ações para reduzir pela metade o número de pessoas sem saneamento no mundo até 2015, e agora consideram esse número “fora de alcance”.
O problema, segundo as entidades, é também cultural. O governo indiano, já nos anos 80, deu milhões de latrinas à população. Embora não sejam o ideal, as latrinas com cobertura química (geralmente, uma pá de cal) evitam o acesso de mosquitos e proliferação de doenças. Mas as autoridades da Índia tiveram, alguns anos depois, uma péssima surpresa: as pessoas usavam a “casinha” como estábulo ou depósito, e mantinham o hábito de defecar no ambiente.
Além do óbvio problema da contaminação, defecar ao ar livre leva consigo mais problemas culturais. Em algumas áreas da África subsaariana, nas localidades em cujas casas não há sequer latrina, mulheres são vítimas de estupro momentos antes de serem obrigadas a fazer suas necessidades em um arbusto.
E nem todas as latrinas são de boa qualidade. Quando não há manutenção adequada, ela logo fica infestada de insetos e exala um cheiro insuportável. Os pesquisadores da WaterAid explicam que isso é um problema gravíssimo, porque as pessoas claramente optam por defecar no rio ao invés da latrina diante dessa situação, o que amplia o problema ambiental.
Nas áreas urbanas, esse problema fica explícito em favelas. Os dados da ONU revelam que a população mundial morando em favelas caiu de 39% em 2000 para 30% em 2010. Pode parecer um alento, mas o número absoluto de pessoas nessa situação subiu. Em alguns casos, o governo municipal simplesmente não reconhece uma favela como parte do perímetro urbano, e todos os moradores ficam à margem de qualquer assistência sanitária.
Algumas cidades ainda apresentam paisagem semelhante a centros urbanos desenvolvidos do século XVIII: ruas estreitas, uma casa ao lado da outra, nada que se pareça com uma latrina para depositar as fezes. Em muitos lugares do mundo, os dejetos ainda são atirados à rua diretamente.
A falta de saneamento chega a criar situações surreais. Uma pesquisa recente, em países subdesenvolvidos, aponta que 20% das meninas deixam de ir à escola por falta local adequado para fazer as necessidades. Ou seja, até os índices de educação e alfabetismo são afetados pelas péssimas condições sanitárias.
Diante de um quadro tão pessimista, a WaterAid pensa em estratégias para “convencer” as autoridades da seriedade do problema. Um dos argumentos é econômico: de acordo com um levantamento, para cada dólar investido pelo Estado em saneamento básico, oito dólares são poupados em saúde pública. Segundo a ONG, 30 dólares (cerca de 52 reais, na conversão atual) são suficientes para garantir a uma pessoa acesso básico a água tratada e saneamento.
Embora os focos de maior atenção estejam em países pobres da África e Ásia, as nações desenvolvidas não estão livres do problema. Quando uma metrópole cresce além da sua capacidade, é comum que o esgoto não tenha estrutura suficiente para suportar o volume de fezes que cria. Em alguns locais, excrementos são depositados na natureza pela própria rede de esgoto super saturada.
Medidas para solucionar essa questão são urgentes, como explicam os pesquisadores, porque a população não está caindo. Por volta de 2100, calcula-se que haverá 10 bilhões de pessoas na Terra. Se o panorama com relação às fezes já é tão preocupante com a população atual, os cientistas nem conseguem prever o que pode acontecer se houver três bilhões de humanos a mais. 


     O problema é muito maior por causa da desigualdade do que por causa do número de habitantes na Terra. Claro que não é possível que todos vivam como as classes mais altas, porque isso causaria um rápido esgotamento do planeta. Mas é possível uma melhor distribuição de renda, (para além das óbvias obrigações do governo). 
    É triste ver alguém numa situação assim, mas é ainda mais revoltante ver que há pessoas escolarizadas e informadas que esbanjam qualidade de vida e que não ligam para situações assim. A resolução dessa questão social não é caridade, mas responsabilidade como ser humano.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cientista americano tenta criar o “plástico sustentável”


A sociedade atual já está quase totalmente dependente do plástico, que tem numerosas aplicações na indústria. Mas também não faltam ambientalistas para alertar dos riscos que esse material representa para o planeta. O plástico rejeitado e não reciclado, que vira lixo, continua sendo um corpo estranho em qualquer ecossistema.
Um químico americano da Universidade do Minnesota, Marc Hillmyer, desenvolveu o conceito de “plástico sustentável”, baseado em uma mudança na composição. O pesquisador passou a trabalhar com materiais orgânicos, tais como carboidratos, óleos vegetais e outros compostos baseados em plantas para a fabricação do plástico.
Hillmyer se especializou no estudo das cadeias de polímero, a molécula básica que compõe a forma química do plástico. O professor, que faz experimentos químicos desde a infância e passou a pesquisar polímeros na graduação, explica que o estudo visa desafogar o montante de plástico que é depositado no ambiente.
Para isso, como explica ele, basta analisar aquelas velhas tabelas que mostram o tempo de decomposição de cada material no ambiente, e verificar que o plástico é tóxico e poluente, para concluir a necessidade urgente de um plástico biodegradável. E o novo material, além de melhor nesse quesito, segundo Hillmyer, deve no mínimo ser tão eficiente quanto o plástico de que dispomos hoje, senão mais.
Fonte: [LiveScience]

       O primeiro plástico surgiu em 1862. Alguns tipos de  plástico,  como o  que é   utilizado em garrafas de refrigerantes, levam mais de 200 anos para desaparecer, o que é um problema muito sério! A ilha de lixo do Pacifico,   já  soma    mais  de   seis  milhões de  toneladas de plástico.  Então, na  nossa  opinião o “plástico sustentável” deveria ser obrigatório por Lei.
      Vamos salvar a terra enquanto ainda há tempo!

domingo, 4 de dezembro de 2011

A incrível e rara ocorrência do Undulus Asperatus

CREDIT: Linda Gold 

Esta belíssima foto mostra um pôr do sol incomum. As nuvens de variadas cores são um Undulus Asperatus, um novo tipo de formação de nuvens. Esse tipo de evento foi oficialmente reconhecido em 1951, e é raro.
Undulus Asperatus significa “ondas agitadas”, fazendo referência à sua semelhança com as ondas do mar. Estas surgem com o encontro entre diferentes massas de ar, que surgem após uma tempestade. Mas, se o Asperatus parece ameaçador, normalmente este dissipa-se sem chuva.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Macacos selvagens vão medir radioatividade em Fukushima

Fig.1 Fukusihima.
O terremoto que desencadeou a tragédia nuclear de Fukushima, no Japão, em março deste ano, ainda está vivo na memória dos cientistas e da população. Os físicos não sabem precisar, atualmente, os níveis de radiação na região. Por essa razão, os pesquisadores devem implantar colares medidores em macacos que habitam as florestas da área.
O colar que será colocado em cada macaco, no início de fevereiro, vai contar com três equipamentos. O primeiro é um dosímetro, o aparelho mais usado para detectar radiação. Haverá também um altímetro, para que os cientistas saibam a distância do solo em que cada animal se encontra. E por fim um GPS, para dar a localização dos macacos.
Não mais do que três macacos serão monitorados com o colar. Cada um vai usar este “adereço” por cerca de um mês, e o controle por parte dos pesquisadores será feito através de controle remoto. O objetivo do teste é simples: verificar a quantas anda o nível dos impactos do acidente ocorrido há nove meses.
Um ambiente natural como uma floresta, conforme explicam os cientistas, é um prato cheio para medições desse tipo, porque a radiação tem fortes influências no ecossistema. Esta tentativa, aliás, não é a primeira: os cientistas chegaram a implantar colares nos macacos em outubro, mas os equipamentos deram defeito e tiveram que ser removidos.


     Quando os seres humanos criaram algo que ainda não entendem algo que criaram, e isso sai fora do seu controlo, como em Fukushima, eles têm tendência para utilizarem os outros (neste caso os macacos selvagens) para o resolverem. Quando existem maneiras de controlar a radioactividade, mesmo que por pouco tempo, porque não utilizam essas medidas neles próprios para resolverem o problema que criaram?
     Deviam ser os seres humanos a lutar contra a sua própria criação