quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Nuvens acima do Monte Rainier



      Estas nuvens incomuns são muitas vezes confundidas com OVNIs, devido à sua forma estranha. Mas estas não são nenhum sinal de vida alienígena, e sim um tipo especial de nuvem, chamada de lenticular, devido à sua curiosa forma de lente.
     Nuvens lenticulares tendem a formar-se em grandes altitudes, normalmente alinhadas num ângulo reto com a direção do vento. A foto acima foi tirada por Peter Murray, e as nuvens aparecem acima do Monte Rainier, no estado norte-americano de Washington.
     Essa nuvem é formada quando o ar quente e húmido corre para a superfície de uma montanha ou serra. A topografia da montanha força o ar para cima, que o resfria e condensa, transformando-o em nuvem.
      Quando o ar cai de volta para o outro lado da montanha, ele seca e a nuvem começa a se dissipar. As nuvens têm muita humidade e a sua aparência pode fazer qualquer um pensar que irá vir muita chuva por aí, mas elas nem sempre são sinónimo de água. 



      É interessante percebermos como a nossa percepção se encontra, a maior parte das vezes errada.  Sendo curioso a quantidade de vezes que observamos um fenómeno e não sendo possível classificá-lo ou explicá-lo recorremos sempre à mesma explicação, um OVNI. Quantas vezes terá o Homem observado um fenómeno geológico, e erradamente ter assumido que este fosse algo extraterrestre? Como lição podemos aprender que não devemos nomear certas coisas sem termos certezas.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Elaboração de uma fita cronostratigráfica

“A ideia que cada pessoa tem sobre o tempo baseia-se na vida média de um ser humano. Deste modo, torna-se difícil visualizar e entender a real dimensão do tempo geológico. É fácil conceber o espaço de tempo que corresponde a um século ou, até mesmo, a um milénio, mas esta tarefa torna-se muito mais difícil quando o intervalo de tempo é da ordem de milhões ou bilhões de anos.Alessandra Midori


       No âmbito da disciplina de Geologia, elaborámos uma fita representativa do tempo geológico, o que  nos proporcionou uma maior compreensão do conceito "tempo". Esta fita usufrui de cerca de 5 metros, divididos em Éons, Eras e Períodos, os quais devidamente assinalados e pintados, comportam os mais importantes acontecimentos vivenciados em determinado tempo, como por exemplo, extinções em massa, glaciações, aparecimento de novas espécies, entre outros. Cada milímetro corresponde a um milhão de anos.
        Após a realização deste trabalho entendemos realmente quão extensa é a vida do nosso planeta azul, e quão insignificante a nossa existência representa nele. A percepção do tempo do ponto de vista humano, assim como a duração de um ser humano face à idade da Terra, torna-se uma piada em relação ao tempo geológico.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Maravilhas Geológicas II




     Na língua turca, Pamukkale significa Terra de Algodão. As rochas têm uma aparência concêntrica e quase branco puro, dando à paisagem um aspecto etéreo. As águas termais provocam o derrame de carbonato de cálcio, que se solidifica e forma uma estranha e quase orgânica estrutura. Essa maravilha geológica é um dos grandes destaques da Turquia, e também o local da antiga cidade de Hierápolis.




Erebus é um dos maiores vulcões ativos na Terra. Este atinge cerca de quatro quilómetros acima do nível do mar, e é conhecido pelo seu lago de lava persistentemente ativo. Gases quentes viajam através das fissuras do vulcão, transformando-se em gelo ao entrar em contato com as baixas temperaturas da atmosfera. O resultado é um complexo sistema de cavernas de gelo por toda a montanha.



Para quem não sabe, um géiser é uma nascente termal que entra em erupção de tempos em tempos. Parece coisa de outro planeta ou de algum filme de ficção científica, mas não é preciso ir tão longe: essa maravilha geológica está em uma propriedade particular em Nevada, nos Estados Unidos, daí não ser tão conhecida. O local foi criado em 1916, quando os proprietários perfuravam um poço e acidentalmente atingiram uma bolsa geotérmica, resultando em um géiser.




Danxia significa nuvem rósea, e consiste em um relevo formado por arenitos avermelhados, que sofreram erosão ao longo do tempo. O resultado é uma paisagem constituída por montanhas e falésias curvilíneas, além de muitas formações rochosas incomuns. Este fenómeno geológico singular pode ser visto em vários lugares da China.
Fonte:OurAmazingPlanet 


    A actividade geológica do nosso planeta contém uma capacidade impressionante em moldar o horizonte e capacitá-lo de uma beleza estonteante.  Por vezes, deparamo-nos com paisagens saídas de contos de fadas ou meros mitos urbanos. No entanto, a ambição desmedida do Homem põe muitas vezes em risco a conservação destes locais. Então mais uma vez cabe aos cidadãos mais conscientes, compartilhar um apelo à não destruição da natureza e daquilo que temos de melhor no nosso planeta, a maior parte delas formações geológicas de beleza ímpar.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Maravilhas Geológicas I



As imponentes rochas têm formato de cone e são resultado de erupções vulcânicas, entre seis e sete milhões de anos atrás. Embora sejam uniformes em seu formato, as rochas variam em altura de alguns metros a 90 metros.


Ischigualasto, que significa “o lugar onde você coloca a Lua”, é um vale remoto, na Argentina. Ele está repleto de formações geológicas e incríveis pedras e pedregulhos, tão arredondados que parecem enormes bolas de gude. A terra já foi fértil, mas agora é árida e rica em fósseis, que atraem paleontólogos de todo mundo.




Localizado na Bahia, o Poço Encantado faz parte do Parque Nacional da Chapada da Diamantina. Esta gigantesca piscina está submersa a 120 metros de profundidade, e a água é tão transparente que as rochas e antigos troncos de árvore são visíveis no fundo.
Fonte: OurAmazingPlanet

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Registo de uma erupção vulcânica em profundidade inédita



A vida sobre as pequenas ilhas próximas a Fiji, no Pacífico Sul, pode estar sem muitas novidades ultimamente, mas por baixo da água há uma grande movimentação atraindo os olhares dos cientistas. Erupções vulcânicas, observadas a mais de 1.200 metros abaixo do nível do mar, estabelecem um novo recorde mundial no quesito.
Nem sempre imaginamos isso, mas a superfície terrestre é responsável por apenas 25% das erupções vulcânicas no planeta. Todas as demais acontecem no fundo do mar. Os cientistas, contudo, se acostumaram a observá-las em áreas não tão profundas. No máximo, 1.000 metros negativos de altitude, em uma área do oceano onde a luz do sol ainda consegue penetrar.
Agora, pesquisadores da Universidade de Washington (na cidade de Seattle, nos EUA) foram até a bacia oceânica de Lau, no Pacífico, e testemunharam a atividade do vulcão West Mata, que está em erupção desde 2008. Nos registos, eles puderam observar bolhas de até um metro de largura sendo expelidas da contínua corrente de magma na fissura.
Os jatos de lava provenientes do mar ajudam a empurrar para fora comunidades inteiras de microorganismos, que servem de alimento para camarões e outros pequenos animais marinhos. Cientistas teorizam que foram essas explosões vulcânicas marítimas que ajudaram a alimentar as primeiras formas complexas de vida no mar, há milhões de anos.
Ainda existem, no entanto, algumas questões a responder. Os cientistas não sabem exatamente porque o West Mata está há mais de três anos expelindo magma sem parar, quando as erupções marítimas, em geral, duram de algumas horas a no máximo poucos meses. A teoria mais aceita afirma que a erupção é contínua porque está concentrada em apenas um ponto, e a maioria dos vulcões marítimos já observados expelem lava em conjunto.
O fator que dá esperança de novas descobertas, aos cientistas, é a presença de magma tipo “boninita”. É uma espécie de rocha extrusiva, cujas características são relacionadas à convergência de placas tectónicas. Essa condição, aliada ao fato de o vulcão estar no fundo do mar, pode fornecer importantes respostas ao mundo da geologia. [OurAmazingPlanet]




     Na mente do ser humano, os vulcões são, maioritariamente, fonte de prejuízos materiais, catástrofes naturais incontroláveis. No entanto, estes possuem uma riqueza e diversidade geológica fora do comum, o que nos permite descobrir um pouco (da imensidão existente) do que se passa no interior da Terra.
      Por exemplo, uma erupção normal pode durar uma hora, um dia, uma semana... Então, a ideia de que, no fundo do mar, as erupções serem mais frequentes, e poderem durar meses, assume-se espetacular.
      Este vulcão possui uma grande probabilidade de ter tido a sua origem num hot spot relativamente recente, que ainda não teve oportunidade de criar novos vulcões na placa, podendo apenas libertar o magma deste modo.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O que há debaixo do gelo na Antárctida?


O continente da Antártida, que se expande por 14 milhões de quilómetros quadrados cobertos de gelo no Pólo Sul, ainda esconde mistérios fascinantes. Na história, poucos achados intrigaram tanto os geógrafos quanto a Cordilheira subglacial de Gamburtsev, situada abaixo da superfície de gelo.
Descoberta por exploradores soviéticos nos anos 1950, a Cordilheira de Gamburtsev é exatamente isso: uma cadeia de gigantescas montanhas que se estende por um comprimento de 800 quilómetros, o que a torna comparável aos Alpes, na Europa. Não se pode vê-la, na Antártida, porque está soterrada por uma camada de 4 mil metros de neve.
Ao observar todo o gelo que há na superfície, nem todo mundo lembra-se disso, mas a Antártida é uma área primariamente feita de terra firme. E a riqueza geológica desse continente chamou a atenção de um grupo internacional de pesquisadores, que decidiram mapear exatamente o relevo que há por baixo de tanta neve.
Munidos de potentes radares cujo sinal penetra no gelo, os cientistas puderam mapear exatamente qual o desenho geográfico do chamado “continente branco”. E o resultado, que aparece ilustrado por computação gráfica, é uma maciça sequência de montanhas, lagos e geleiras, muito mais complexas do que se imaginava.
Essa complexidade, segundo os cientistas, tem muito a contar sobre a história geológica da Terra. Essa narrativa começa há cerca de 1,1 bilhão de anos, quando grandes porções de terra do planeta se uniram para formar um ex-supercontinente, chamado Rodínia. O que aconteceu a seguir foi uma série de dobramentos geológicos, nos quais o pico das montanhas erodia, mas a base das cordilheiras permanecia firme.
Esse processo repetiu-se ainda algumas vezes. A cada novo dobramento, o ponto mais alto da Antártida (que hoje é a Cordilheira de Gamburtsev) ia ficando um pouco mais elevado. A configuração atual, que teria sido originada há cerca de apenas 35 milhões de anos, surgiu com a criação de geleiras, que soterraram paulatinamente a cadeia de montanhas nascida ali.
Esse foi o grande mistério solucionado: até antes dessa pesquisa, não se sabia o motivo de haver montanhas “jovens” instaladas no coração da Antártida. Isso ainda está apenas no campo da teoria, mas as providências para comprová-la já foram tomadas: os cientistas planejam um projeto para retirar amostras de rocha de Gamburtsev.
Um mapeamento mais detalhado da região, conforme explicam os pesquisadores, pode fornecer respostas geológicas que a ciência ainda desconhece. Para obter essas informações, um batalhão de cientistas está instalado em Gamburtsev, equipado com o melhor que a tecnologia tem a oferecer. [BBC]




     A Terra não é tão simples quanto a vemos. Há muito para além da superfície terrestre que o Homem ainda desconhece, ao passo que cada dia descobrimos mais e mais. Novas teorias vão sendo formuladas constantemente, sobreponde-se às existentes, contrariando-as ou afirmando-as, tudo para um avanço científico.
    A Antárctida é, agora, como um livro onde está escrita a história da Terra, dada a conservação de muitas marcas e sinais dos acontecimentos passados. Resultando numa "mina" de conhecimento na qual iremos escavar em primeira mão.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Diamantes "ajudam" na reconstrução da história da Terra


Os diamantes podem ajudar os cientistas a desvendar segredos do nosso planeta: nas profundezas da Terra, as pedras preciosas revelam que as placas tectónicas responsáveis pelo movimento dos continentes e pelo nascimento de montanhas provavelmente ficaram activas cerca de 3 biliões de anos atrás.
As colisões de crescimento e deslocamento das placas tectónicas mudaram a face do planeta desde o seu nascimento, cerca de 4,6 biliões de anos atrás. Entretanto, muito permanece desconhecido sobre como as placas eram no início da história da Terra – ou mesmo se elas já existiam ou operavam, devido à escassez de rochas daquela idade.




A maioria das rochas mais antigas da Terra é reciclada por processos de placas tectónicas, que as empurram para dentro do manto derretido do planeta, onde elas derretem e formam novas rochas.
Agora, os cientistas encontraram pistas sobre o aparecimento das placas tectónicas a partir de grãos minerais minúsculos em mais de 4.000 diamantes que se formaram 130 a 180 quilómetros de profundidade na camada do manto da Terra.
Estas gemas, trazidas à superfície por erupções vulcânicas, foram descobertas em cinco continentes pelos pesquisadores, ao longo de mais de 30 anos.
Eles abriram os diamantes e analisaram a composição de minerais em partículas tão pequenas quanto a largura de um cabelo humano.
 Assim, eles foram capazes de analisar quimicamente os grãos para aprender mais sobre algumas das maiores características que existem na Terra, os continentes.
3 a 3,2 biliões de anos atrás, estes minerais assemelhavam-se a peridotito, uma rocha ígnea comum no manto. Mais tarde, tornaram-se mais como o eclogito da crosta oceânica, um sinal de que o material da superfície estava a misturar-se ao manto, muito provavelmente conforme as placas oceânicas se afundavam sobre as continentais.
Isto sugere que as placas tectónicas começaram sua actividade há cerca de 3 a 3,2 biliões de anos atrás.
Pesquisas futuras devem procurar diamantes ainda mais profundos no interior da Terra, para entender melhor os processos geológicos dentro do manto.
Fonte: [MSN].





     O interesse popular nos diamantes devesse principalmente ao seu valor económico, isto é, ao seu valor como pedra preciosa. Dado que possui a maior dureza na escala de Mohs, aliado a uma beleza enorme e uma formação num ambiente muito específico, é escolhido preferencialmente como ornamento para jóias e afins. 
   Contudo, este estudo realizado em alguns diamantes permitiram-nos conhecer um pouco melhor as placas tectónicas e fenómenos orogénicos que ocorreram no passado. Estes são "fontes de conhecimento".
       Então, para quem acha que o diamante interessa apenas no campo estético, estes estudos vêm desmistificar essa visão.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Expedição encontra organismos unicelulares gigantes no fundo do mar

Uma expedição parcialmente financiada pela NASA encontrou organismos unicelulares gigantes no fundo do mar.
Os pesquisadores americanos vasculharam a Fossa das Marianas, o local mais fundo dos nossos oceanos (11.034 metros de profundidade), no oeste do Pacífico, e descobriram que ela abriga organismos unicelulares com mais de 10 centímetros de comprimento.
Os organismos, chamados de xenofióforos, são as maiores células individuais do mar profundo. Muitas vezes, eles atuam como habitat de estrelas do mar, crustáceos, minhocas, etc., agindo como pequenos “edifícios residenciais”.



Usando câmeras subaquáticas de alta definição em bolhas feitas de vidro grosso para suportar a pressão extrema, os cientistas mergulharam na Fossa a fim de captar vídeos dessas criaturas a uma profundidade de 10.000 metros.
No futuro, os pesquisadores poderão ser capazes de identificar mais organismos que vivem nas grandes profundezas.
Segundo os cientistas, entender o fundo do mar pode ajudar a compreender outras partes do sistema solar.
A NASA acredita que pode haver uma analogia entre o que encontramos no fundo do mar com o que potencialmente pode ser encontrado em outras partes do universo, como na lua Europa, de Júpiter, que tem condições semelhantes de vida.
Fonte: [MSN]

Ao ser descoberta vida num local tão inóspito, num local onde julgávamos ser impossível a sua existência, faz-nos repensar sobre a ideia que temos sobre vida noutros planetas. 
Se há vida na Fossa das Marianas - por enquanto inacessível ao Homem -  porque não noutros planetas? 
Além do mais, com a tamanha vastidão do Universo, haverá sempre a hipótese de existir uma pluralidade de organismos que nunca havíamos imaginado. 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Correntes de Convecção no Manto Terrestre

Propriedade da BBC

     Nesta animação conseguimos visualizar as correntes de convecção no manto, a forma como os materiais a elevadas temperaturas e pouco densos ascendem, enquanto que os materiais frios e mais densos vão afundando. 
     Pelo que, as correntes de convecção são responsáveis pelos processos geológicos associados à expansão dos fundos oceânicos. Na medida em que, a nova crusta oceânica é deslocada como numa passadeira rolante, desde as cristas até às fossas oceânicas onde é destruída.