segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Humanidade pode ser responsável por 74% do aquecimento global

Pesquisadores de um instituto de climatologia da Europa elaboraram um relatório que pretendia responder, entre outras perguntas, o seguinte questionamento: qual a parcela de “culpa” pode ser atribuída às atividades do homem pelas mudanças climáticas pelas quais o planeta está passando? O resultado, no final das contas, pode ser mensurado em uma percentagem: 74%.
Este número, resultado de um estudo da entidade EHT, de Zurique (Suíça), foi alcançado por etapas. A primeira, já conhecida pelos cientistas há décadas, foi assumir a influência do efeito estufa: gases como o metano e o dióxido de carbono, liberados para a atmosfera em grande escala, prendem calor abaixo dela e elevam sensivelmente a temperatura global.



Isso abre, segundo os pesquisadores, duas questões: quanto do recente aumento de temperatura da Terra pode ser atribuído a isso? E até quando essa situação vai perdurar até atingir um ponto de equilíbrio? Os cientistas divergem nesses quesitos, mas a impressão geral é que os modelos de mudança climática desenvolvidos recentemente são muito rasos: analisaram apenas a temperatura do planeta.
A mudança de análise está exatamente nesse ponto. O que está em questão não é apenas a temperatura, mas a energia de radiação solar que circula entre a superfície e a atmosfera. Ou seja: o sol, lá de onde está, influencia também na temperatura da Terra a partir de aumento de energia descarregada no planeta em forma de raios.
Os cálculos dos pesquisadores acabaram no seguinte veredicto: 26% do aquecimento global, nas últimas décadas, foram causados devido à radiação e outros fatores naturais que fogem do controle do homem. Os outros 74%, no entanto, estão diretamente relacionados às nossas atividades após a revolução industrial.
Esta pesquisa, no entanto, não está passando sem críticas. Cientistas com teorias dissonantes afirmam que estes resultados são muito simplistas, e que não se pode mensurar dessa maneira a relação entre radiação solar que incide sobre o planeta e temperatura global. Pode haver, segundo os contestadores, outros pesos na balança do clima, além da radiação e temperatura aparente, e a pesquisa não levou isso em conta de forma clara.
A influência dos oceanos, por exemplo, é um ponto de discussão. Os pesquisadores suíços adotaram um método de análise que não se encaixa, de acordo com os críticos, nos demais processos da pesquisa. Dessa maneira, a pesquisa continua sendo posta em dúvida: será que a atividade humana é de fato responsável pelos tais 74% das mudanças climáticas?
Este resultado pode influenciar medidas de escala global, segundo os cientistas. Se no futuro chegarmos à conclusão de que o número é real ou ainda maior, medidas extremas como o corte nos créditos de carbono industrial e até racionamento de carne devem aumentar. Se, por outro lado, for provado que 74% é um exagero, até medidas básicas como desenvolver a energia solar em detrimento da nuclear, por exemplo, podem ser desnecessárias do ponto de vista climático. 
Fonte: [DailyTech]


     O clima do nosso planeta é tão dinâmico e dependente de tantos factores que, com os conhecimentos atuais, é impossível determinar quanto do aquecimento global é da responsabilidade dos seres humanos.     Existem, por exemplo, os raios cósmicos que só agora se descobriu contribuírem com os regimes de chuva na Terra, ou seja, com o nosso clima; a capacidade dos oceanos profundos de armazenar calor é outra questão pouco estudada, mas que também influencia nossa atmosfera. 
     Enfim, falar de certezas e consenso sobre aquecimento é uma grande imprudência, uma vez que tais opiniões podem influenciar as políticas governamentais no quesito economia/clima e tais políticas precisam de bases sólidas, principalmente num planeta com 7 milhões de bocas para alimentar.

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