sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Esperança ambiental: fungo amazónico que come plástico pode solucionar problemas de lixo

Se não estás convencido da importância de proteger a biodiversidade das florestas tropicais, aqui vai mais um argumento a favor: estudantes da Universidade de Yale, EUA, descobriram um fungo amazónico que pode comer os resíduos mais duráveis de nossos aterros: o poliuretano.
Durante uma expedição ao Equador, os universitários perceberam que o fungo tinha a capacidade de decompor o plástico. Este plástico é um dos compostos químicos encontrados em muitos, mas muitos mesmo produtos modernos – de mangueiras de jardim a fantasias.
Ele é valorizado por sua flexibilidade e rigidez ao mesmo tempo. O problema é que, como muitos outros polímeros, ele não se quebra facilmente. Isso significa que persiste em aterros e lixões de todo mundo por muito tempo.

Aterro. Autor: Samuel Mann 

O plástico até queima muito bem, mas esse processo libera monóxido de carbono e outros gases na atmosfera, por isso é uma impossibilidade ambiental. Nem precisamos destacar que algo que pode degradá-lo naturalmente seria uma solução muito melhor.
O fungo, chamado Pestalotiopsis microspore, consegue sobreviver com uma dieta de apenas poliuretano, em um ambiente anaeróbico.
A equipe de Yale isolou a enzima que permite que este fungo faça esse trabalho e que poderia ser usada para biorremediação.
Para nós, é estranho pensar em um microorganismo que coma material sintético durável, mas acredite, esse não é sequer o primeiro a fazer isso. Bactérias e fungos são capazes de quebrar muitos materiais. Uma espécie bacteriana – Halomonas titanicae – está comendo o Titanic no fundo do mar, por exemplo. Sorte nossa que podemos contar com tais criaturas incríveis.
Fonte: [POPSCI]

Se fosse possível modificar geneticamente os fungos para degradar plástico com mais voracidade (para resolver o problema dos lixo, como sugere o boato), teríamos que dar adeus aos plásticos porque fungos são seres microscópicos e iriam se espalhar por toda a parte,  multiplicando-se e comendo os plásticos dos nossos telemóveis, isolantes dos fios de eletricidade (pegava fogo em tudo), computadores, móveis, roupas, embalagens de alimentos, carros… Ou seja, acabaria o mundo de uma forma alucinante, porque tudo seria convertido em CO2  e não teríamos energia elétrica suficiente e nem tecnologia para substituir o plástico por metal em tudo.

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