segunda-feira, 16 de abril de 2012

Encontrar vida extraterrestre é um sonho inatingível?

Já postamos diversos estudos sobre planetas similares a Terra, alguns inclusive com indícios de existência da água. Mas nada de encontrar vida extraterrestre de verdade. Seria esse apenas um sonho inalcançável?
Pesquisadores da Universidade de Princeton, EUA, afirmam que essa ideia está mais no campo do otimismo do que das evidências científicas. Eles analisaram o que se sabe sobre a probabilidade de vida fora daqui, a partir de um método Bayesiano, que diferencia dados concretos de simples pressupostos.
Um dos pontos que eles encontraram, por exemplo, diz respeito aos exoplanetas, fora do nosso sistema solar. A ideia de vida nesses locais é baseada no pressuposto de que a vida vai surgir lá sob as mesmas condições nas quais surgiu aqui.
E o que é pior: as evidências que temos sugerem que na verdade o planeta Terra é um tipo de aberração planetária, onde a vida acabou surgindo de maneira muito rápida.
“As evidências de fósseis sugerem que a vida começou muito cedo na história da Terra, e isso levou as pessoas a determinar emque a vida pode ser um tanto comum no universo. Mas o conhecimento sobre a vida na Terra simplesmente não revela muito sobre a probabilidade disso em outros planetas”, afirma Edwin Turner, um dos pesquisadores.
Com uma amostragem de apenas um planeta conhecido no universo com vida, fica complicado estimar a abundância dela no universo inteiro. Isso, claro, não deve impedir os cientistas de continuar as buscas.



Caçando planetas

Em 2011 e no começo desse ano, diversos planetas interessantes já foram encontrados. Os de maior evidência foram os descobertos pelo telescópio espacial Kepler, sendo o planeta Kepler-22b e os planetas 20e e 20f. A NASA chegou a comentar que, desse modo, a “Terra alienígena”, ou seja, com condições muito similares à nossa (distância da estrela-mãe, tamanho, presença de água, etc), seria encontrada até 2014.
Entretanto, apesar de se tratar de conhecimento agregado, essas descobertas não indicam se uma Terra existe fora daqui ou não. Dessa forma, ainda sobra muito espaço para a ideia de que um processo tão veloz de formação de vida não tenha sido apenas consequência do acaso.
E você? Acredita que existam “Terras alienígenas”? 
Fonte: [RDMag].



Uma breve história: Um vulcão explode ao longo de milénios no fundo do oceano e ao longo de depósitos de sedimentos, formando uma montanha submarina. Imediatamente, a corrente traz uma “semente” que ali cresce e transforma-se um magnífico coral, atraindo milhares de criaturas marinhas que, juntas, formam um espectacular exemplo de vida. As erupções voltam e novas massas depositadas fazem a montanha emergir como ilha. Uma ilha deserta. Aí as aves migratórias que por ali passavam direto começam a ter a ideia de pousar. As aves são um dos maiores veículos de vida da Terra, carregam parasitas e sementes nos seus corpos. Logo a ilha deserta se transforma numa floresta.
Porquê duvidar de processos semelhantes em escalas planetárias? E o tal meteorito marciano com bactérias extraterrestres estudado até hoje? Somos defensoras da “Hipótese da panspermia cósmica”, e a vida viaja pelo cosmos como parasitas de boleia à espera de um lugar para proliferar e evoluir. A vida não surgiu subitamente na Terra, ela veio de boleia. O resto da história resume-se a fermentação, fotossíntese e evolução.
Essa mesma vida pode ter caído em Marte, mas não teve sorte e ambiente para seu progresso, pelo menos até onde sabemos. Ela pode cair em Titã, adaptar-se e evoluir transformando a lua saturnina, se é que já não está a acontecer isso mesmo.
A vida encontrará outro caminho noutras partes do Universo, e podemos até visualizar gigantescas medusas luminescentes a flutuar no meio de alguma nebulosa, enquanto absorvem moléculas orgânicas, que já sabemos que lá estão. No gelo escuro de Plutão, existem criaturas bizarras, um nicho de bactérias e vírus talvez, num estado cristalizado, esperando um momento de sorte, quem sabe o momento em que o Sol se transformar numa gigante Vermelha e aquecer Plutão até este ter climas equatoriais, fazendo fluir sua água e seus compostos orgânicos.
A biologia ensinou-nos que a vida é oportunista, parasitária e proliferadora sempre que tem uma hipótese. E temos um Universo de hipóteses e oportunidades, não somos uma raridade.
Pra nós, a vida não é terráquea, nem marciana, nem cometária, mas Universal.


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